
Agora cabe perguntar sobre a qualidade da relação! Toda relação configurar-se-á de acordo com o nível de abertura de cada um. Abertura esta que consequentemente afeta e é afetado, troca, “discorda/concorda”, “análise/síntese”, dialética, reciprocidade. Estar aberto proporciona duas conseqüências: amizade e inimizade.
Em relação a Deus é impossível esconder qualquer coisa, portanto a relação verdadeira é a honesta. Na minha relação com Ele, a abertura proporcionou amizade. E para que ela continue verdadeira, assumo as implicações: alegrias, tristezas, companheirismo, brigas, confiança, confidências, “acordos”, petições, comportamento, etc. Já a inimizade é o total contrário, chegando ao seu ápice na indiferença. Na indiferença não há mais abertura, não há mais relação, pois não há mais existência da presença, em fim, findou-se a oração num silêncio voltado ao nada.
Concluindo, oração para mim, e que cultivo, está sustentado nos conceitos supra. Na oração, estou em relação direta com meu melhor amigo: Deus. E só o que me importa é estar com meu amigão, Deus, e nada mais. Na chamada relação dita “bancária”, acumula-se méritos e deméritos em vista de interesses de ambas as partes (Salvação/Condenação, Graça/Desgraça, etc). Digo com toda pureza d’alma: se meu amigo possui algo de valor que possa proporcionar-me positividade, não me interessa pois a amizade é mais importante por ser quem Ele e isso é o que é fundamental para mim, a presença dEle e relação com Ele e não o que ele possui. Agora, por tudo que externei, se alguém discorda por não estar de acordo com os cânones estabelecidos para normatizar à oração e/ou estabelecido informalmente pelos parâmetros pentecostais à oração, paciência! Eu e meu amigão Deus nos entendemos bem assim e isso é o que importa.