2009/07/12

Da agência de notícias ZENIT: Mudança climática, desafio aos estilos de vida e à solidariedade.

Mudança climática, desafio aos estilos de vida e à solidariedade.

Afirma a Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia
BRUXELAS, quinta-feira, 18 de junho de 2009 (
ZENIT.org).
A Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE) considera que a mudança climática é um desafio para os estilos de vida, a solidariedade e a justiça mundial.Em comunicado enviado a ZENIT, no contexto de um seminário realizado ontem, a COMECE assinala que seis meses antes da Conferência das Nações Unidas sobre a mudança climática, em Copenhague, as Igrejas e suas organizações têm debatido com representantes da União Europeia sobre a dimensão ética da luta contra a mudança climática.
Representantes da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu e dos Estados membros trocaram seus pontos de vista com representantes das Igrejas sobre a base dos dados científicos mais recentes relativos à mudança climática.
Dados recentes apontam que o objetivo de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa fixado para 2020 não é suficiente. Helga Kromp-Kolb, meteorologista de reconhecimento internacional, declarou que 30% não são suficientes; 2°C é algo muito elevado e 2020 é muito tarde”.
Karl Falkenberg, diretor geral de meio ambiente na Comissão Europeia, declarou que o resultado em Copenhague não será positivo se não chegarmos a convencer outros grandes países produtores de emissões tais como China, Índia ou Rússia de que se comprometam perante isso”.
Bernd Nilles, secretário-geral da CIDSE (agências católicas de desenvolvimento) recordou que a luta contra a mudança climática deve estar fortemente ligada a políticas de ajuda ao desenvolvimento. Ele advertiu contra a falta de solidariedade com os países em vias de desenvolvimento. “Em Copenhague, precisamos de respostas, não de desculpas”, disse.
Já o secretário-geral da COMECE, padre Piotr Mazurkiewicz, afirmou que “uma resposta eficaz à mudança climática requer liderança política e uma reflexão séria. A questão que se apresenta é saber o que é uma vida boa e feliz”.
Apoiando-se em vários informes de especialistas e em documentos de reflexão publicados pelas Igrejas e seus diversos organismos, os participantes indicaram que a necessidade de mudar os estilos de vida pode ser transmitida de maneira mais eficaz pela educação em todos os níveis e pela promoção e consumo duradouro”.
(Nieves San Martín)

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